Eu era apenas um passarinho
que não tinha pai e nem mãe, isso porque um gato de nome Mimi tinha feito o favor de
comê-los, e o bichano vivia tentando me devorar... logo eu, o coitadinho do
passarinho órfão, parecia que aquele gato era a sina da minha família, pois um
dia eu me descuidei e o Mimi comeu.
Escritor Valter Rodrigues Cavalcante
Sou apenas um pensador que resolveu colocar seus pensamentos em uma trilogia na qual a pedra furada do parque nacional serra da capivara é um portal, e este portal é uma passagem que salvará a humanidade a cada renovação da natureza.
domingo, 22 de abril de 2018
sábado, 8 de abril de 2017
O TERENOS FINALMENTE ENCONTRA O BALÊ
Sem saber o
que fazer o Terenos rapidamente pegou a concha e a abriu para ver se conseguia enxergar
algo que lhe desce uma direção para conseguir encontrar o outro amuleto, e ao
imaginar o outro amuleto e olhar para os olhos da concha, ele começou a ver o
Balê já próximo do portal, com o amuleto em seu poder, então, ele logo decidiu
que iria de encontro com o seu irmão para convencê-lo de que ele deveria doar o
amuleto para a natureza para que a mesma ficasse em equilíbrio total, como uma maquina
que só funciona com perfeição se todas as peças estiverem colocadas no local
certo, mas ao olhar por alguns minutos percebeu que o Balê estava com problemas
o mesmo parecia estar ressecando e onde ele se encontrava não tinha nenhum rio
próximo para ele se hidratar sua pele que estava criando escamas, sem pensar
muito o Terenos correu até a caverna onde ele morava e apanhou uma cabaça e com
ela vazia saiu em direção onde estava o Balê e no caminho ele tinha certeza que
encontraria algum caldeirão d’água sobre as rochas, e encheria a cabaça para
quando encontrasse o seu irmão, o salvasse, hidratando-o com água.
Depois de
correr por alguns minutos ele como era conhecedor de toda a mata passou sobre um
enorme lajedo e no centro do mesmo havia uma grande depressão onde estava
retida uma grande quantidade de água, e ali ele encheu a cabaça e continuou seu
trajeto e não demorou muito ele ouviu umas gralhas cancãs gritando
desesperadamente, com isso o Terenos logo chegou ao local e se deparou com o
Balê já desmaiado devido o calor e por entre as suas escamas alguns tipos de
insetos já tentando penetrar no seu corpo para se alimentar, eram formigas, e
alguns outros insetos, ao ver tal cena logo o Terenos arrastou seu irmão para
debaixo de uma árvore de sombra muita fresca e depois jogou água por todo o seu
corpo e com isso as escamas foram se fechando os insetos ao ser encharcado as
escamas automaticamente foram jogados para fora do corpo do Balê, e depois foi
oferecido água na sua boca e quando o liquido penetrou em suas veias toda sua
vitalidade se restabeleceu e ao se levantar o Balê fez gestos de que queria
cumprimentar o seu irmão querido e os dois entrelaçaram os braços um de costas
para o outro e deram várias cambalhotas lembrando do tempo que eram apenas
crianças e viviam com o velho Bily.
Depois do cumprimento o Terenos contou tudo para o
Balê, sobre a serra sagrada, sobre o fato de ele ter visto os amuletos
dependurados na serra e também do fato da árvore ter sido arrancada e carregada
pelo enxame de pequenas abelhas nativas iguais as que tinham no esconderijo
onde o Bily tinha deixado a concha, e depois de tal relato os dois partiram com
muita pressa para o local da serra sagrada, pois agora os dois amuletos estavam
ali e seria possível concluir todos os elementos porque o que faltava era a
árvore e os dois amuletos, como as abelhas já estavam levando a árvore e eles
estavam levando os amuletos, talvez tudo viesse a terminar bem...
sábado, 25 de fevereiro de 2017
UM POEMA PARA DESCREVER O AMOR AO PARQUE NACIONAL SERRA DA CAPIVARA - PI
POEMA
– SERRA DA CAPIVARA DE BELEZA RARA
Serra
da Capivara que aos gringos seduz
Com esculturas
naturais e serras azuis
Retrata
nossa história de uma Era passada
Com pinturas
rupestres e a pedra furada.
Muitos
paredões rústicos de rochas de arenitos
Que com
o tempo e erosão se tornam mais bonitos
Tem artefatos
e fósseis no chão enterrado
E através
do parque nacional preserva este legado.
Nos boqueirões,
chapadas e em cavernas naturais
Abrigava
muitos tipos de plantas, aves e animais
Tinha
preguiças, tatus gigantes e mastodontes
E nuvens
de andorinhas revoando nos horizontes.
Hoje
nos encanta com seus lindos artesanatos
Divulgando
a nossa cultura em vários formatos
Tem um
belo museu de categoria futurista
Que mostra
nosso passado e encanta os turistas.
Em meio
à mata branca, bioma único chamado caatinga
Com pouca
água enverdece, onde a chuva respinga
Lá tem
maçaroca, zabelê, jaguatirica e onça pintada
Tem tatu
verdadeiro, tamanduá e asa branca de revoada.
Ganhou
uma madrinha que lhe pesquisou com muito dom
Mulher
de muita valia que se chama Niède Guidon
Trouxe
o progresso e tecnologia para esta terra querida
E com
amor à arqueologia dedicou toda a sua vida.
Hoje
patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO
Com este
título se tornou ainda mais gigantesco
Lugar
de grande biodiversidade e de beleza rara
Te amo
de coração Parque Nacional Serra da Capivara.
Autor - Valter Rodrigues Cavalcante
domingo, 19 de fevereiro de 2017
O Balê descobre que o outro amuleto já está a salvo com seu irmão Terenos
Amuletos de Mucunã |
E no momento
em que ele começava a caminhar ele olhou para o outro lado do rio e avistou um
cágado já se aproximando do rio vindo à sua direção, isso deu a certeza de que
estava no caminho certo e ao seguir no sentido norte ele avistou outro cágado,
e parecia que uma porção daqueles animais, por algum motivo estava indo para o
portal da pedra furada e isso era bom, pois através deles o Balê podia se
guiar, e enquanto isso o Terenos que estava indo para o portal no intuito de
pegar a planta nascida das fezes do urubu rei para plantar na serra sagrada,
logo começou a ouvir um zumbido forte em seus ouvidos e ele não conseguia
definir se o barulho estava vindo de fora pra dentro ou de dentro pra fora, e
aquilo estava lhe deixando perturbado, só que ao chegar ao local da árvore ele
avistou a mesma toda envolvida por um enxame gigante de pequenas abelhas
nativas, e o céu ficou alaranjado, e aquele enxame arrancou a árvore e a mesma
no centro daquela bola de abelhas foi sendo conduzida para o local onde estava
a serra sagrada, até parecia que aqueles insetos já sabiam o local onde a
planta deveria ficar.
sábado, 14 de janeiro de 2017
O BALÊ DESCOBRE A PLANTA ORIUNDA DO PAPACONHA
Na pedra
furada o Terenos ao ter visto a serra com a árvore de vários frutos e a pedra
brilhante ele resolveu ir confirmar se ela realmente estava no local onde ele
tinha visto através da concha, então ele chamou a Flor e de cima do portal ele
deu o comando para todos obedecerem a Flor na sua ausência e pegou algumas
ferramentas e partiu para o rumo onde ficava a serra sagrada e no caminho ele
sempre estava pressentindo que algo lhe acompanhava só que não era possível
vê-lo, então ele imaginou o que poderia ser tal coisa, e abriu a concha, que
logo emitiu uma forte luz, e esta luz criou um tubo de energia e dentro do
mesmo ficava passando imagens de uma criança de uma perna só, um cãozinho muito
peludo, um tatu branco gigante e por fim uma aranha de prata a mesma que tinha
protegido o portal no momento da transição, e isso o fez chegar à conclusão de
que todos que ele viu através da concha eram os protetores da serra sagrada ou
da natureza em si.
Ao chegar ao
local da serra sagrada o Terenos logo percebeu algo estranho, lá não tinha a
árvore de vários frutos como ele tinha visto através da concha, e ao olhar para
o paredão ele viu a luz que iluminava o local onde deveria ter uma árvore, mas
só tinha um tronco apodrecido, e mais a baixo da luz havia outra luz, esta era
de cor mais branda e avermelhada e a mesma pareciam pulsar, aumentando e
diminuindo sua intensidade, como se estivesse um coração pulsando dentro da
rocha, e dos dois lados das luzes havia tarugos como se fosse tornos para a
sustentação dos amuletos como ele tinha visto através da concha, e depois de
ter visto tudo isso o Terenos chegou à conclusão de que ali estavam faltando os
dois amuletos e a árvore de vários frutos, então só restava ele pegar a árvore
nascida das fezes do urubu rei que renasceu das cinzas e replantar ela no local
do tronco da antiga árvore mãe e depois ir à busca do outro amuleto para
completar todos os elementos e assim a natureza ficar em total harmonia.
Enquanto isso
o Balê que já tinha passado por lugares que ele nunca imaginara ver um dia,
chegou ao local onde o Terenos tinha tomado o amuleto do Papaconha, mas ele não
sabia que ali tinha sido o local de tal fato, só que algo o fez parar e olhar o
rio que era extenso, e largo, e ali próximo da margem estava uma planta e a
mesma tinha uma coloração diferenciada, e não demorou muito veio um animalzinho
e comeu uma das poucas folhas que ainda não tinha caído no solo úmido devido à
proximidade do rio, e aquele animal que parecia filhote ao terminar de mastigar
começou a cambalear e abaixou a cabeça depois suas pernas traseiras perderam
força e com isso ele apoiou sua traseira no chão e logo se arriou para o lado
direito e ficou agonizando e o Balê nada podia fazer, pois ele não tinha
certeza de que o fato do animal estar agonizando era por ter comido a erva ou
não, só uma coisa era certa aquela planta poderia ser venenosa, então ele resolveu
ficar mais algum tempo observando a planta que apesar de não saber o Balê
estava observando a planta nascida dos restos mortais do seu avô Papaconha.
Depois de um
bom tempo ele percebeu que outro animal estava vindo à direção da planta e este
era adulto, logo comeu uma das folhas e foi para a beira do rio e tomou alguns
goles de água e caiu ali mesmo já morto, e aquele que era filhote e tinha
comido também se levantou e andando cambaleando sumiu na mata, depois de ver
tal cena o Balê chegou à conclusão de que se um filhote comece da planta ele
ficaria tonto, mas não morreria e se um adulto comece não sentiria nada, só que
se qualquer um dos dois comece e bebesse água com certeza seria fatal e sua
morte seria certa, neste momento ao olhar para o leito do rio surge à imagem da
Vitória Régia e sem pensar o Balê se joga n’água e ao se aproximar a sua mãe
fala: você acaba de conhecer a planta oriunda dos restos mortais do seu bisavô
Papaconha, e o Balê ficou calado por alguns segundos e retrucou: mas será que
mesmo depois da renovação esta criatura ainda continua a fazer mal para a
natureza! E sua mãe emite um som como se ela estivesse sorrindo e diz: não ele
agora faz parte da natureza e para alguma coisa na natureza ele será útil, continua...
sábado, 7 de janeiro de 2017
O BALÊ MAIS UMA VEZ VÊ A SUA MÃE
Logo ao sair
ele avistou um cágado com a mancha do portal no casco e o mesmo estava indo na
direção que as abelhas tinham ido, isso o fez acreditar que era aquela direção
que ele deveria seguir e então a jornada começou e sempre que ele encontrava um
riacho que estava na rota ele aproveitava para ir via fluvial que era a forma
que ele mais gostava.
Só que o Balê
avistou o cágado por mais duas vezes no decorrer da jornada e isso o fez ficar
encabulado, pois se o cágado era uma criatura que caminhava lentamente como ela
estava na sua frente e parecia ser o mesmo, pois a mancha do portal estava no
casco e não era comum um cágado com uma mancha do portal, mas ele chegou à
conclusão de que poderia ser um grupo de cágados que estavam fazendo uma trilha
para que lhe indicasse o caminho para o portal, e com isso ele seguiu a
trajetória e foi passando por lugares onde ele nunca tinha imaginado existir,
até que chegou ao local onde existiam duas cachoeiras gêmeas, então diante
daquela deslumbrante paisagem ele ficou por algum tempo imaginando se estivesse
com o seu irmão cada um ficaria com uma das cachoeiras e ambos poderiam brincar
naquele reservatório gigante de águas cristalinas, tão cristalinas que era
possível verem o fundo do reservatório e em meio aquela água uma variedade de
pequenos peixes.
Com o olhar
fixo para o fundo do reservatório, o Balê percebeu uma sombra grande se
aproximando, e ele olhou para a superfície, e avistou uma vitória régia, e logo
ele pulou n'água e foi no encontro ao que ele acreditava ser sua mãe biológica
e chegando bem próximo, a planta se inclinou e ficou na vertical, e em meio aos
tentáculos formados pelas raízes estava a forma humana de sua mãe, que esticou as
raízes que pareciam tentáculos flutuantes e acariciou o Balê que já era homem
feito e na sequencia ela falou: já se tornou um homem feito agora deve se
tornar um sábio e para isso deve escolher as coisas com sabedoria, e como
resposta o Balê lhe disse tudo começou quando fui à busca do amuleto para lhe
transformar em forma humana e agora estou com o amuleto e posso fazer isso,
pois já salvamos a natureza agora quero que minha mãe volte à forma humana,
calma disse a vitória régia, tudo tem suas consequência e tudo não começou
quando você resolveu fazer algo por mim e sim quando o Maracanã resolveu doar
seus olhos para que através dele salvasse duas crianças que eram você e o
Terenos, e se isso não tivesse acontecido hoje não havia natureza com o ser
humano dominando-a, por isso quando for decidir algo veja tudo a sua volta e a
consequência que sua decisão trará.
O Balê ficou
pensativo e chegou a uma conclusão, que se transformasse sua mãe em forma
humana, ela voltaria a ser mortal e um dia ela iria morrer e daí a natureza
ficaria desprotegida sem a união dos dois amuletos, então seria mais obvio ter
sua mãe em forma de planta para sempre e a natureza protegida do que sua mãe em
forma humana por um pouco tempo, com a natureza desprotegida, depois de tais pensamentos
o Balê foi até a borda da planta e subiu na mesma e lá ficou um bom tempo até
que a planta afundou e ele que já estava cochilando acordou desesperado com
peixinhos puxando a sua orelha e ao abrir os olhos percebeu que sua mãe tinha sumido
então ele nadou até a margem do reservatório e com a certeza de que deveria
juntar os amuletos ele continuou sua jornada rumo à pedra furada, continua...
sábado, 24 de dezembro de 2016
OS AMULETOS ESTÃO NAS MÃOS DO GÊMEOS TERENOS E BALÊ.
A CHAVE DE PEDRA |
O Terenos
vivendo como um líder espiritual e já um homem feito, um dia teve uma sensação
e avistou um vagalume e resolveu segui-lo e em um lugar onde parecia uma fenda
dentro da serra ele encontrou uma poça de água cristalina e ao olhar para o
fundo percebeu que tinha algo que estava brilhando e ao estender a mão topou
num objeto e ao tirar da poça descobriu que aquele objeto era um dos amuletos
que ao estourar a bolha se desmembrou e tinha vindo parar naquela poça.
Depois ele foi
para o seu abrigo e apanhou a concha e abriu para ver um local onde ele
guardaria aquele amuleto para que ele não caísse nas mãos de alguém que pudesse
usar para beneficio próprio, só que ao abrir ele avistou uma grande serra com
uma árvore muito verde e com frutas de varias cores, e na parede da rocha tinha
uma luz, e embaixo da luz havia outra luz avermelhada que parecia pulsar e de
cada lado da luz havia um tarugo como se ali fosse um torno para sustentar algo
como o amuleto. Só que ele tinha apenas um dos amuletos, e o outro que era
sabido que existia, estava em algum lugar, então, o Terenos logo imaginou onde
poderia estar o outro amuleto, e de dentro da concha surgiu uma luz e ele
avistou o Balê com o amuleto em suas mãos vindo rio acima na direção da pedra
furada.
E no momento
em que o Balê chegou ao reservatório criado pela queda d’água da cachoeira que
ele tinha vivido ao redor no período de sua infância, logo ficou por alguns
minutos debaixo da queda e como num ritual de purificação ele permaneceu ali
refletindo sobre a sua vida e bateu a saudade do velho Bily e do Terenos e
também da macaca mãe peluda, então ele saiu da cachoeira e caminhou na direção
da caverna e chegando lá viu um lugar descalvado onde não tinha nascido muitas
árvores e o barranco estava desmoronando, talvez pelo fato da falta de árvores
e ao entrar na caverna ele não viu a pedra que ele tinha deixado fincada no
solo para indicar o local onde estava enterrado o Bily, e no local havia um
murundu feito de terra fofa e com as mãos ele foi afastando aquela terra fofa e
logo topou na pedra e percebeu que a mesma estava pintada com uma tinta e isso
queria dizer que o Terenos teria vindo e descoberto da morte do Bily antes da
renovação.
Depois de
saber que o tumulo do velho Bily ainda estava protegido ele girou o pescoço e
olhou para o local onde tinha ficado a concha e lá estava um enxame de abelhas
da mesma espécie das que tinham protegido a concha antes da renovação, e neste
momento o enxame veio na sua direção e passou por sobre a sua cabeça e voou
rumo ao local onde estava a pedra furada em terra seca, com isso o Balê ajeitou
o tumulo do Bily deu uma acertada na pedra que estava um pouco inclinada e
depois resolveu que iria para o portal da pedra furada em busca do seu irmão e quem
sabe do outro amuleto para uni-los e guarda-los num lugar seguro.
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