domingo, 24 de junho de 2012

A NECESSIDADE DE ENCONTRAR SEUS FILHOS OU SERES SEMELHANTES.


Buscando o horizonte.

"O cabeça chata começou a perceber que na natureza antes surgia várias espécies de plantas e agora as espécies que ali predominava estavam ficando extintas, ou seja, estavam desaparecendo e o que era nativo agora tinha a necessidade da mão humana para se preservar ou não se extinguir.

Aquela preservação seria crucial para sua sobrevivência e da própria natureza, pois se desaparecesse as plantas, acabaria o alimento para muitos animais e tanto as plantas quanto os animais eram fonte de alimentos para o cabeça chata, sabendo que sozinho não seria possível preservar tudo o que estava sendo extinto e teimava em desaparecer, então ele resolveu que ia à busca de seus filhos ou de vida semelhante a sua e no primeiro momento lembrou-se do sonho onde ele viu um aglomerado de pedras e teve a sensação de que seus filhos pudessem estar lá.

O cabeça chata resolveu começar esta caminhada junto com seus amigos, o tula e o Nico e ele se preparou com algumas coisas essenciais, como um par de pedras que seria útil na formação de faíscas para acender fogueira, alguns couros para se proteger do sereno como forma de cobertor e seu inseparável machado de pedra.
  
No momento em que ele saiu em sua caminhada ele se tornou em o que é hoje conhecido como nômade, pois agora ele teria que fazer suas casas artificiais que ele já sabia construir com barro  ou suas casas poderiam ser desde um pé de juazeiro ou barracas criadas a partir dos couros das caças , para se proteger das chuvas no período de inverno.

Quando o cabeça chata ia dormir no chão sempre vinha alguns tipos de insetos rasteiros e ao lhe picar o local ficava doendo e irritava bastante sua pele, então, veio a necessidade de dormir em um local onde aqueles insetos não lhe picasse de inicio ele pensou em dormir em cima de uma árvore, mas veio o medo de cair ao adormecer e havia a possibilidade de quebrar alguma parte de seu corpo e isso não seria bom daí veio a idéia de amarrar cipós nas pontas de um dos couros, o maior que ele tinha e assim ele fez amarrou entre duas árvores e ai foi criado uma espécie de rede dos dias de hoje e resolveu o problema das picadas dos insetos rasteiro.

Nesta caminhada em busca de algo que nem ele mesmo sabia o que estava procurando, pois ele não tinha certeza do que encontraria talvez ele encontrasse seus filhos ou criaturas com sua igual semelhança, pois ele não aceitava ter aprendido tudo aquilo em vão e com certeza ele encontraria uma forma de repassar seus conhecimentos, e martelava o pensamento de que em algum lugar naquele infinito conjunto de serras azuis e morros de cor cinza devido a vegetação seca poderia estar habitado por seres com características igual à sua, mas tudo poderia ser apenas pensamentos alimentados pela sua própria imaginação"continua....

domingo, 17 de junho de 2012

A PARANOIA DE COMO DEVOLVER A PARTE DA PEDRA DA VIDA.


"A razão veio em sua mente e uns pensamentos lógicos começaram a fluir, um deles era se ele viesse a descer no boqueirão talvez ele não conseguisse voltar e morreria lá sem poder desbravar novos horizontes e descobrir novas coisas, e outro pensamento foi que aquela situação tinha lhe mostrado uma lição de que se ele danificasse o seu habitat natural lhe traria mudanças trágicas e isso não era bom, então ele criou um conceito, só destruiria uma árvore, animal ou qualquer coisa da natureza se ele tivesse necessitando para se alimentar, se curar ou para fazer algo realmente necessário.

Usando a razão ele decidiu voltar para sua caverna e chegando lá ele não parava de pensar naquele boqueirão que um dia foi uma serra que era base para árvore mãe da flora, então ele começou uma nova caminhada em rumo aquele lugar, quando ao se cansar, se deitou e ao acordar lá estava o sagüi brincando com o tula, aquele macaquinho parecia um anjo da guarda ou um guia mandado pela força estranha ao chegar no local aproximou-se do abismo e olhou para frente em seguida observou ao seu redor e reconheceu que ali era onde tinha a serra com a árvore e a pedra brilhante, só que era dia e lá estava tudo escuro, então ele pegou o pedaço de pedra que estava pendurado no seu pescoço e colocou entre suas duas mãos e levantou como se estivesse oferecendo à natureza e de repente aquele pedaço de pedra começou a brilhar intensamente como antes.

Aquele boqueirão que estava totalmente escuro começou a absorver a luz da pedra e aquela escuridão deu lugar a uma colina totalmente verde, o cabeça chata observando aquilo descobriu que se ele devolvesse a parte que estava com ele tudo voltaria ao normal.

Não tendo coragem de descer e verificar se lá no centro tinha mesmo uma passagem secreta, ele resolveu que iria deixar o pedaço de pedra próximo do local para que a luz permanecesse forte e reluzente e em seguida voltou para sua caverna onde ele começou uma espécie de paranóia onde os seus pensamentos só estavam direcionados em como fazer para unir aquelas duas partes da pedra para que tudo voltasse ao normal e a vida seguisse seu ciclo natural, e como ele não tinha coragem de descer sozinho começou a pensar em encontrar seus filhos, talvez juntos fosse possível, mas isso era algo improvável"continua...

domingo, 10 de junho de 2012

O PRIMEIRO ERRO HUMANO QUE DESEQUILIBROU A NATUREZA.

Boqueirão 

"Ao descer da serra ele levou vários tipos de sementes para semear e aumentar as variedades de plantas e quando veio a chuva, as sementes se tornaram em plantas que fornecia frutos gostosos e outros sem sabor e também tinha algumas que produziam coisas um tanto quanto estranho, como algo macio e branquíssimo que saia de uma espécie de casulo, então ele começou a juntar aquele algodão em um buraco e ali ele dormia confortavelmente.

Só que o interessante é que quando ele subia novamente na serra para ver a árvore mãe, sempre tinha novos tipos de frutos e sementes que não existia quando ele encontrou a mesma, então ele percebeu que poderia ser útil para a natureza cultivando o máximo de espécies  e foi isso que ele fez só que ele veio descobrir a curiosidade e a ousadia já existente no seu extinto; e a curiosidade fez com que ele imaginasse que aquela pedra era a fonte da vida, pois ela através da luz que emitia dava vida à uma árvore em cima de uma rocha, achando que possuindo aquela pedra ele teria vida eterna resolveu que iria possuir a mesma.
  
Então ele pegou um machado de pedra e subiu na serra, chegando lá ele com um único golpe certeiro conseguiu partir a pedra ao meio e naquele instante ele ouviu um ensurdecedor gemido, parecia que ao tirar a metade da pedra ele tinha ferido a natureza, então ele assustado percebeu que tinha mesmo machucado a mãe natureza e em meio aqueles pensamentos sentiu que a terra estava tremendo, então ele concluiu que tinha feito algo muito ruim, pois aquilo que ele tanto desejava era uma parte viva de algo que era útil para sobrevivência de tudo até mesmo dele.

Com muito medo ele saiu correndo na direção do seu abrigo, só que aquela corrida em favor da sua sobrevivência não tinha direção foi ai que mais uma vez o Nico apareceu e começou a gritar o cabeça chata sem pensar seguiu o animalzinho que lhe levou até a caverna, depois de já estar tudo calmo o cabeça chata começou a procurar um jeito de ficar próximo da metade da pedra acreditando que estaria protegido, então ele pegou uma fita extraída de um cipó e criou uma espécie de colar, pois desta forma ele poderia se deslocar de um lugar para outro sem se separar da pedra reluzente.

Ao amanhecer ele resolveu voltar ao local onde ele tinha encontrado a pedra brilhante, só que chegando lá ele percebeu que aquele local já não estava ali ou pelo menos não da mesma forma, pois no lugar daquela serra estava um boqueirão muito escuro, parecia que ao tirar um pedaço da pedra desestruturou tudo e aquela serra virou de cabeça pra baixo dando lugar a um local escuro e fundo.

Só que ao se aproximar do local ele percebeu que o pedaço de pedra que ele carregava pendurado no pescoço, estava brilhando intensamente e piscando constantemente com a mesma intensidade de quando estava junto com a outra parte, percebendo que poderia desfazer o mal feito para a natureza ele ficou muito feliz, pois ele estava disposto a devolver a metade da pedra no intuito de que tudo voltasse ao normal, só que aquele boqueirão era muito fundo e de difícil acesso, mas ele tinha quase certeza de que lá dentro ele encontraria uma solução para devolver a parte da pedra como que se lá no centro estivesse uma passagem secreta" continua...

domingo, 3 de junho de 2012

O ENCONTRO COM A SERRA SAGRADA.


SERRA DA CAPIVARA. 

"Ao subir e estar no centro do topo do lajedo ele começou a observar a paisagem ao seu redor, quando olhou na outra ponta da serra e avistou uma luz muito forte e aquela luz fez com que um sorriso aparecesse no seu rosto e junto com o sorriso veio uma sensação de ter encontrado a luz que ele tinha visto no sonho, só que aquela luz vinha de cima da serra e seria difícil subir até lá, então ele resolveu que iria ficar por ali até achar uma solução para entrar em contato com aquilo que refletia uma luz tão intensa.
  
A noite veio o dia seguinte chegou e o cabeça chata precisava se alimentar e alimentar seus companheiros também, então ele foi à busca de frutas ou de algum animal para assar e saciar sua fome e do tula, pois o sagüi sabia se virar sozinho, e caminhando perto de um formigueiro ele avistou um animal cavando o chão e sem muito trabalho ele pegou o animal (tatu) e matou e em seguida criou uma fogueira e assou o mesmo e comeu repartindo com o tula.

Com o estomago cheio ele resolveu que iria subir na serra para desvendar aquela luz que lhe fascinava, foi subindo com muito cuidado, pois ele sabia que se caísse poderia não resistir à queda e o tula que ele tinha deixado lá em baixo ficaria sem ninguém para lhe proteger e lhe alimentar e tirar os parasitas do seu corpo como, por exemplo: os carrapatos e pulgas.

Quando chegou ao lugar da luz ele ficou deslumbrado com tudo aquilo, pois parecia que ele estava em cima do ombro da serra e aquela luz vinha de uma pedra transparente, tão transparente que era mais clara que as resinas das plantas e esta pedra brilhante estava fixa na parede da rocha e no ombro da serra estava uma linda e frondosa árvore, más não era uma árvore comum, pois cada galho tinha vários tipos de frutas ou vagens, e uma variedade de passarinhos se alimentavam dos frutos e através das fezes eles semeavam as sementes formando assim o que é hoje chamado de floresta, só que tinha algumas vagens que os passarinhos não comiam, então o cabeça chata seria crucial para semear aquelas plantas, pois as sementes delas caiam na rocha e não era possível germinar devido a pedra ser muito dura e não dava para penetrar, só que inexplicavelmente aquela árvore mágica e iluminada pela aquela luz estava verde e frondosa mesmo naquela rocha extremamente dura" continua...

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O COMEÇO DA HISTÓRIA O TATU BRANCO E O CORAÇÃO DE PEDRA.

BREJO DO PIAUI - PI Foi em um tempo em que os homens já tinham esquecido que a sobrevivência deles estava relacionada com a preservação d...