Sem saber o
que fazer o Terenos rapidamente pegou a concha e a abriu para ver se conseguia enxergar
algo que lhe desce uma direção para conseguir encontrar o outro amuleto, e ao
imaginar o outro amuleto e olhar para os olhos da concha, ele começou a ver o
Balê já próximo do portal, com o amuleto em seu poder, então, ele logo decidiu
que iria de encontro com o seu irmão para convencê-lo de que ele deveria doar o
amuleto para a natureza para que a mesma ficasse em equilíbrio total, como uma maquina
que só funciona com perfeição se todas as peças estiverem colocadas no local
certo, mas ao olhar por alguns minutos percebeu que o Balê estava com problemas
o mesmo parecia estar ressecando e onde ele se encontrava não tinha nenhum rio
próximo para ele se hidratar sua pele que estava criando escamas, sem pensar
muito o Terenos correu até a caverna onde ele morava e apanhou uma cabaça e com
ela vazia saiu em direção onde estava o Balê e no caminho ele tinha certeza que
encontraria algum caldeirão d’água sobre as rochas, e encheria a cabaça para
quando encontrasse o seu irmão, o salvasse, hidratando-o com água.
Depois de
correr por alguns minutos ele como era conhecedor de toda a mata passou sobre um
enorme lajedo e no centro do mesmo havia uma grande depressão onde estava
retida uma grande quantidade de água, e ali ele encheu a cabaça e continuou seu
trajeto e não demorou muito ele ouviu umas gralhas cancãs gritando
desesperadamente, com isso o Terenos logo chegou ao local e se deparou com o
Balê já desmaiado devido o calor e por entre as suas escamas alguns tipos de
insetos já tentando penetrar no seu corpo para se alimentar, eram formigas, e
alguns outros insetos, ao ver tal cena logo o Terenos arrastou seu irmão para
debaixo de uma árvore de sombra muita fresca e depois jogou água por todo o seu
corpo e com isso as escamas foram se fechando os insetos ao ser encharcado as
escamas automaticamente foram jogados para fora do corpo do Balê, e depois foi
oferecido água na sua boca e quando o liquido penetrou em suas veias toda sua
vitalidade se restabeleceu e ao se levantar o Balê fez gestos de que queria
cumprimentar o seu irmão querido e os dois entrelaçaram os braços um de costas
para o outro e deram várias cambalhotas lembrando do tempo que eram apenas
crianças e viviam com o velho Bily.
Depois do cumprimento o Terenos contou tudo para o
Balê, sobre a serra sagrada, sobre o fato de ele ter visto os amuletos
dependurados na serra e também do fato da árvore ter sido arrancada e carregada
pelo enxame de pequenas abelhas nativas iguais as que tinham no esconderijo
onde o Bily tinha deixado a concha, e depois de tal relato os dois partiram com
muita pressa para o local da serra sagrada, pois agora os dois amuletos estavam
ali e seria possível concluir todos os elementos porque o que faltava era a
árvore e os dois amuletos, como as abelhas já estavam levando a árvore e eles
estavam levando os amuletos, talvez tudo viesse a terminar bem...