domingo, 26 de agosto de 2012

Um novo jovem guerreiro na tribo

Parque Nacional Serra da Capivara

"Muitos filhos foram nascendo e todos os filhos do cabeça chata com diferentes caboclas não eram admirados como o bebê morto pelo cabeça de cuia, mas um dia o caboclinho cauê filho da cabocla shiara com o cabeça chata saiu para o mato em busca de caça, pois ele já se tornara um jovem e corajoso guerreiro.

Só que se passaram dois dias e nada dele voltar, então todos os membros da tribo deixaram mais uma noite passar e no dia seguinte saíram em busca por cauê, um grupo resolveu ir à direção de um vale no qual era temido por todos devido os ecos e vozes inexplicavelmente emitidos através dos paredões rochosos de uma enorme serra e junto desse grupo estava o cabeça chata com seu cãozinho.

E o seu cãozinho tula começou a latir apavoradamente, então todos foram na direção do local de onde vinha o latido, chegando lá encontraram cauê com um dos mais temidos animais de toda aquela mata, que seria uma onça pintada e a mesma estava nas costa de cauê toda ensangüentada e o tula não parava de latir assustado, então todos começaram a se perguntar como cauê teria conseguido  matar o mais temido dos animais e como resposta tiveram a adoração pelo mesmo e lhe nomeando o mais jovem e bravo guerreiro.

 Então todos foram para a tribo e fizeram uma enorme fogueira e festejaram aquele feito histórico assando o animal e saboreando sua carne, só que na verdade aquele animal foi encontrado por cauê estendido no chão totalmente morto, tudo começou quando ele viu um enorme clarão no meio da mata e muitos galhos quebrados, então ele seguiu aquela trilha até chegar ao local onde estava o animal morto próximo ao enorme tronco, e ele percebeu que havia rastro de um tamanduá gigante e seguiu o sangue, isso fez com que cauê tivesse a conclusão de que a onça teria tentado matar o tamanduá, mas o mesmo conseguiu cravar suas garras no pescoço do felino conseguindo sangrá-lo e nessa luta eles rolaram até que aquele tronco, onde a onça não resistiu e morreu e o tamanduá conseguiu fugir.


     Mas o tamanduá estava ferido e agora ele veio a se tornar uma presa fácil para qualquer predador e até mesmo para a tribo e era garantia de alimento por muitos dias, só que o cauê percebeu que todos estavam acreditando que ele tinha matado aquela onça, então o cauê optou em ficar quieto e se tornar um guerreiro respeitado e não contente com a fama, ao amanhecer no dia seguinte ele se preparou e saiu para caçar novamente, mas sua intenção era seguir o rastro daquele tamanduá ferido e capturá-lo para garantir alimento para sua tribo e com a captura de mais um animal gigante isso aumentaria sua fama de bravo guerreiro".

sábado, 25 de agosto de 2012

A adoção na pré-história.


"Referente à sexualidade da tribo, todos os outros machos eram diferentes do cabeça chata, pois muitos machos mantinham relação com as fêmeas e as mesmas ficavam grávidas e tinham seus bebês sem a atenção dos seus parceiros, então o cabeça chata começou a dar atenção aos bebês e com isso criou um elo entre os mesmos e ao crescerem as crianças começaram a considerar o cabeça chata como seu legitimo pai.

E com isso ele estava formando uma grande família de adotados só que o cabeça chata queria um filho seu de verdade e havia um problema, sua parceira “linda” não conseguia mais engravidar depois da tristeza de ter perdido seu amado e primogênito filho.

Então o cabeça chata começa o que chamaria nos dias de hoje de poligamia ou mesmo de traição extraconjugal, ele começou a acasalar com varias caboclas e ao engravidá-las, ele as traziam para a sua caverna e ali eram protegidas até o nascimento dos bebês e nesse meio tempo umas cuidavam das outras inclusive a sua mulher “linda” que aceitava aquela situação por saber que ela não poderia dar um novo bebê, então resolveu adotar todos como se fosse seus"continua...

domingo, 19 de agosto de 2012

O ritual da morte do filho da Linda com o Cabeça Chata.

"Voltando à tribo onde morrera o mais querido e adorado bebê, todos estavam tristes inclusive a linda que não acreditava que um pedaço dela estava sem vida, e aquele pedaço (bebê) tinha saído de sua própria barriga, como sem explicação ela resolveu pegar os restos do bebê e levou para o meio de um grande terreiro e todos ficaram por uma noite inteira velando o bebê na esperança de que ele desse um sinal de vida e depois que chegaram à conclusão de que ele não voltaria a viver, a mãe junto com a tribo fez uma enorme fogueira e ali colocaram o bebê e ao terminar de cremar, a mãe recolheu as cinzas da fogueira e colocou em uma vasilha de cabaça e misturou com água formando um liquido meio cinzento e um a um depois da mãe foram tomando aquela bebida acreditando que a sabedoria cedida pela força estranha para o bebê repassaria para eles como se fosse uma bebida sagrada" continua...

domingo, 12 de agosto de 2012

A sina do Cabeça de Cuia

Barragem do Jenipapo - PI

"Só que ao soltar o cabeça de cuia toda a tribo começou a lhe rodear com o objetivo de eliminar a criatura como se fosse um linchamento conhecidos na linguagem coloquial dos dias de hoje com tudo aquilo acontecendo o cabeça de cuia acordou todo suado e desesperado, então aquilo na cabeça de que teria que acasalar sete fêmeas, ele seguiu sua fuga para o mais longe possível.

Só que uma duvida martelava em sua mente, onde ele encontraria sete fêmeas virgens para acasalar se ele não poderia voltar para a tribo, lá ele não era mais aceito e era o único lugar que tinha fêmeas pelo menos que ele tinha conhecimento.

Depois de muito tempo viajando, ele avistou um enorme e largo rio, aquilo era tudo o que ele mais desejava, pois a água era em abundancia e ela era crucial para sua sobrevivência e hipnotizado com aquele mundo de água ele entrou na beira do rio e foi entrando cada vez mais e ao pisar em um buraco bem fundo o rio sugou-o para o meio do leito e lá esta até hoje tentando encontrar sete fêmeas virgens para cumprir sua sina" continua...

domingo, 5 de agosto de 2012

A lenda do cabeça de cuia na pré-história.


Foto: Valter Rodrigues Cavalcante.
"O tempo foi passando e a fêmea do cabeça chata deu a luz a um bebê e este bebê se tornou no mais adorado por toda a tribo, pois ele era filho da mais bela cabocla com o mais bravo e sábio da tribo, então naturalmente ele era considerado especial, só que um indivíduo que gostava de usar uma cuia de cabaça na cabeça como se fosse um chapéu não estava gostando da idéia de ter nascido alguém mais especial do que ele, pois ele era muito querido por ser bravo caçador e agora tinha nascido o bebê do cabeça chata e este fato fez ele ser possuído por um sentimento incontrolável e bruscamente ele invadiu a caverna onde morava o cabeça chata e onde se encontrava a fêmea e seu bebê e sem pensar o cabeça de cuia tomou o filhote dos braços da cabocla linda, linda era o seu nome e como se aquele bebê fosse um inimigo ele jogava o mesmo de encontro com as rochas que serviam de paredes até que o bebê já não respirava mais, então ele não satisfeito o abocanhou e começou a mastigar as pernas e braços e em seguida o corpo deixando o bebê totalmente triturado.


A mãe desesperada avançou no individuo para salvar seu filho só que ele era muito forte, então ela agarrou um machado de pedra e acertou naquele monstro bruto e incontrolável, com o primeiro golpe o cabeça de cuia correu e desertou-se na mata fugindo de toda a tribo que se reuniu para lhe capturar, o pensamento do cabeça de cuia era fugir para o mais longe possível em linha reta e então ele correu, correu, correu e quando ele percebeu que nenhuma criatura da tribo estava por perto e ao se sentir seguro, decidiu em parar debaixo de uma enorme moita e ao se deitar caiu em um profundo sono e neste sono veio um sonho no qual ao seu redor estava toda a tribo e então ele desesperado pensando que ia morrer, começou a gritar desesperadamente imaginado que ali seria o seu fim igual o fim do bebê que ele tinha matado só que o cabeça chata muito sábio encostou-se a ele e calmamente passou a mão em sua cabeça que ainda estava com uma cuia sobre ela e lhe disse “vou deixar você ir, mas com uma condição como você é muito forte e viril e serve como bom reprodutor por isso lhe darei uma missão, para que tenha o perdão da tribo e da força estranha você terá que acasalar sete fêmeas virgens para que nasçam sete bebês e forme um grupo étnico em outra parte daquela imensidão de mata”...continua

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