O Balê até o
momento estava encantado e não parou para pensar que naquele mundo também
existia peixes gigantes e perigosos e peixes pequenos tão perigosos quanto os
grandes, e ao sair da primeira corrente eles iam nadando calmamente e falando
sobre suas vidas quando o peixe bonito gritou para o Balê nadar para a parte
mais funda e se escondesse entre os corais e sem pensar ele obedeceu e ao estar
entre os corais ouviu uma voz lhe perguntar: você não costuma soltar gases
fedidos, porque se costuma é melhor tirar o traseiro das minhas narinas, o
garoto assustado virou e atento aos animais que estavam rondando sobre a sua
cabeça ele com muito sacrifício viu uma espécie de peixe camuflada ele parecia
com aqueles corais existentes naquele local.
O garoto logo
perguntou para o peixe camuflado porque ele vivia parado e camuflado? E ele
respondeu: que era o único jeito dele manter a sua espécie viva, pois se ele
saísse nadando logo seria transformado em comida, porque ele não era um nadador
muito veloz, e ali camuflado muitos peixes pequenos que para se salvar dos
peixes grandes se escondia nos corais, ficando praticamente na sua boca como o
Balê tinha ficado, só que ele era muito grande para ser predado, e o garoto
logo perguntou para o peixe camuflado o porque de todos terem medo do peixe
grande que estava rondando, e o mesmo respondeu prontamente, é porque eles são
os reis do mar apesar de existir peixes maiores que eles mesmo assim eles são
os reis porque eles são agressivos, e todos os peixes temem a eles que são
chamados de tubarões e em meio aquela conversa o Balê percebeu que o peixe
bonito estava atrás de um dos corais ouvindo a sua conversa com o peixe
camuflado, e o mesmo aparece e confirma tudo o que o peixe tinha lhe dito.
Depois de
algum tempo os predadores foram embora e só assim os dois saíram e seguiram sua
viagem e o peixe camuflado lhes desejou boa sorte, e o Terenos junto com a
macaca estavam em um lugar onde tinha aguas que borbulhava do solo e as mesmas
eram quentes parecia que tinha um fogo no subsolo que esquentavam elas antes de
surgir no sobressolo, e numa tribo de caboclos pacíficos que viviam no arredor
dos olhos d’águas, o Terenos observando percebeu que os membros da tribo quando
tinha alguém doente eles levavam para o olho d’água e jogavam um pouco da água
na cabeça do doente e na sequencia passava lama na enfermidade e se fosse uma
doença interna eles banhavam o doente e depois passava lama por todo o seu
corpo e sempre este ritual dava certo, logo o Terenos foi até a tribo e através
de uma mulher velha, mas muito sábia ele adquiriu uma espécie de saco e mais
uma cabaça e com isso ele foi até o local onde surgia a água borbulhante e
quente e encheu a cabaça e depois pegou um pouco da lama e colocou no saco e na
sequencia ele e a macaca saíram daquele local e foram passando por serras que
pareciam grandes mesas sobre o solo plano daquela região.
Quando eles
passaram por tal região logo eles avistaram na sua frente um lugar baixo onde
refletia uma luz amarela e branca e eles encantados com a luz foram verificar o
que fazia refletir aquela luz e chegando lá se depararam com uma espécie de
capim dourado onde suas folhas eram douradas e os raios de sol ao baterem nelas
refletiam as luzes para todas as direções dependendo da posição da folha, só
que naquele local era muito descalvado e eles ficavam vulneráveis e antes de
pensarem em se proteger eles estavam cercados por um bando de caboclos de uma
tribo que existia ali próximo e a macaca ficou agitada, mas logo um dos membros
jogou uma fruta para ela como prova de que eles eram amigos com isso um dos
caboclos de nome Raru se aproximou do Terenos e o Terenos achando que aquele
homem era o líder dos outros perguntou: você que é o líder? E o homem respondeu
que não, apenas era um caboclo em busca da cura para o seu líder que se não
fosse curado logo a morte o levaria.
O garoto vendo
que os caboclos aceitaria qualquer ajuda se colocou a disposição deles para fazer
algo em prol da cura do líder, e os mesmos sem opção aceitaram levar o garoto
até a tribo e chegando lá ele viu o velho Barango quase desfalecido, então o
garoto percebeu que o homem tinha contraído uma ferida através de uma picada de
um inseto e o mesmo não conseguia nenhum remédio para tal cura, e com vergonha
de falar que não era sábio o suficiente para se auto curar, ele escondeu o
ferimento só que o mesmo foi inflamando e ele foi tendo febres até chegar
naquele estagio, com isso o garoto pediu que todos saíssem de dentro da oca só
ficasse o Raru e de dentro do saco o Terenos tirou um pouco da lama que ele
tinha extraído das fontes de águas quentes e passou no ferimento do Barango e
em seguida pegou a cabaça com água da mesma fonte da lama e jogou no ferimento
e depois colocou um pouco na boca do doente e com isso ele saiu e pediu que
deixasse o Barango sozinho enquanto o remédio fizesse efeito, depois de algum
tempo o Terenos e o Raru entraram e viram que o Barango estava consciente só um
pouco envergonhado.
Mas o garoto
abriu a concha e olhou no olho direito e viu uma planta, então ele mostrou para
o Barango o poder daquela planta e o Raru observando tudo também ficou sabendo
da descoberta e o garoto foi se despedir do velho Barango e do Raru e antes ele
disse: que o sucessor do líder fosse o Raru, pois o mesmo era preocupado com a
saúde dos seus semelhantes e o Terenos ao colocar o pé direito fora da oca o
velho Barango com uma voz grossa falou: espere um pouco deixe eu lhe dar uma
recompensa por ter me salvado da morte, então, o velho se levantou e foi até as
suas ferramentas e pegou uma lança feita de uma pedra polida, ela era muita
ponte aguda e brilhava até mesmo no escuro, o Terenos para não fazer desfeita
recebeu o presente e junto com a macaca saíram rumo ao portal da pedra furada.
E no mar o
Balê já tinha viajado muito, então o peixe bonito resolveu parar para descansar
e desceram para o fundo onde tinha uns arrecifes cheios de corais e logo
encontraram uma loca e ao tentarem entrar surgiu uma Moreia enorme que deu um
bote no Balê e o mesmo se esquivou e abraçou o predador e os dois foram lutando
até que o garoto com uma mão apanhou uma pedra cumprida e colocou dentro da
boca da Moreia e a mesma ao fechar a boca cravou a ponta da pedra no céu da
boca e assim ela ficou agonizando sem poder fechar a boca e saiu desesperada se
contorcendo e se deparou com um tubarão e o mesmo fez dela um banquete e o
garoto com o peixe bonito entrou na loca e ficaram lá até descansarem um pouco
e de repente vieram três filhotes de pequenos peixes e se aproximam da loca com
isso o Balê põe cabeça pra fora da loca e um dos peixinhos pergunta o seu nome
e ele responde: sou o Balê e neste mesmo momento chega o pai dos peixinhos e
ouve a conversa do filho com o humano em forma de peixe, e o peixe pai chega
logo perguntando para o Balê de onde ele era e o que estava fazendo ali o Balê
muito calmo falou da sua missão e o peixe pai ouviu atentamente.
Depois o peixe
pediu que os seus filhotes ficassem atrás dele e o mesmo ao saber que o garoto
estava em busca do amuleto ele falou de uma profecia que havia no mar que um
dia viria um ser estranho em busca do amuleto sagrado para juntar o mesmo com
outro amuleto que estava em outro mundo e percebendo que o ser era o Balê ele
decidiu que ia ajuda-lo a chegar ao portal da pedra furada, pois até chegar lá
ainda teria muitos perigos e com isso o peixe pai pediu que o Balê lhe
acompanhasse e ao nadar por alguns metros ele ouviu o peixe pai emitir um som e
apareceu um exercito de peixes iguais a ele e na sequencia apareceu um peixe
elétrico com sua calda enrolada em um tridente e foi na direção do Balê e
entregou o mesmo para ele e ao pegar sentiu um forte choque com isso o tridente
caiu e se enterrou em meio a plantas coloridas e vendo que alguns raios estavam
sendo emitido ele desceu e com medo de pegar de novo ficou olhando e os peixes
começaram a gritar ao mesmo tempo “Balê o deus dos mares” e com isso ele criou
coragem e entrou em meio a aquelas plantas colorida e apanhou o tridente e ao
levantar o mesmo acima de sua cabeça percebeu que todos os seres vivos da
redondeza se afastaram ou se esconderam.
E curioso com
tal fato o garoto perguntou para o peixe bonito: porque eles têm medo do gesto
que fiz e ao olhar ao seu redor não viu o peixe bonito percebendo que estava
sozinho resolveu abaixar o tridente e logo os peixes se aproximaram
reverenciando o rei dos mares e o peixe bonito chegou e disse: eu e eles nos
afastamos porque este tridente ele é muito poderoso e emite raios que matam com
facilidade e como você ainda não tem o domínio total do tridente, o mesmo poderia
acertar um destes raios em alguém e mata-lo, ao ouvir tais palavras o garoto
pegou o tridente começou a observar e percebeu que ele tinha um local exato
onde ele deveria pegar e só desta forma ele tinha o domínio total, pois tudo o
que ele imaginava fazer o mesmo obedecia, então ele pediu que todos se
afastassem e na sequencia direcionou o tridente em uma rocha e a mesma se
desintegrou em segundos, continua...