domingo, 25 de outubro de 2015

UMA BATALHA ENTRE SAMAMBAIA E O MUCUNÃ.

   
 "Depois deste acontecimento o Quiza olhou para a direção onde estava o velho e o mesmo não foi mais avistado e buscando nas proximidades viu um vulto sumindo na mata e era algo que tinha um rabo grande e fino, logo ele associou que era o velho Guru-Guru em forma de tatu branco e depois disso o velho não foi mais visto, talvez ele já estivesse cumprido a sua parte na missão de salvar a humanidade, mas pra onde ele deve ter ido se perguntava o Quiza? E o Mucunã montado em sua Flina nome dado a onça que agora era uma aliada na missão de impedir o Samambaia de purificar o amuleto ou não deixar que ele tentasse algo como destruir o Mucunã.
    Passado alguns tempos e nada do Samambaia atacar e já chegando o dia da centésima lua cheia contando do dia do batismo do amuleto que estava em poder do Samambaia, todos se prepararam para o ataque da serpente em forma de homem e no decorrer do dia foi reunido todos e dado a cada um ferramentas para se defenderem e ao entardecer todos pegaram uma tocha só que as mesmas apagadas e ficaram em redor do pé de mucunã e logo surgiu a centésima lua e com a claridade veio uma brisa gelada onde todos se arrepiaram parecia um aviso de que vinha algo ruim pela frente e logo ouviu-se uns barulhos com isso o Vador cuidou de formar uma fogueira ali próximo e logo surgiu por cima da mata um cão voador com o Samambaia montado e os mesmo tentaram se aproximar do pé de mucunã por cima só que se depararam com as teias de aranhas de prata, então o cão guiado pelo Samambaia se livrou das teias e pousou em outro ponto afastado do pé de mucunã e na sequencia foram por entre as árvores.
     Ao chegar perto do pé de mucunã eles se depararam com um circulo formado de homens armados com ferramentas que de nada servia diante de um cão voador, depois do cão abocanhar o primeiro logo os outros se afastaram e neste momento o Vador da a ordem para todos pegarem suas tochas e irem até a fogueira e acende-las e a ordem foi cumprida e em poucos minutos o cão voador e samambaia estavam rodeados por tochas de fogo e sobre eles camadas de teias de aranhas sem saída e vendo que não conseguiria fazer o ritual da purificação o que restou para ele era destruir o Mucunã e neste momento o pensamento do Mucunã era destruir o Samambaia para que a natureza vivesse em equilíbrio, e montado na Flina o Mucunã entrou no circulo de fogo e logo tentou dominar o cão através da mente e descobriu que o mesmo gostava de frutas, então gritou perguntando se alguém tinha uma fruta para lhe dar e um dos homens que vivia comendo estava com algumas frutas reservadas para comer a noite e jogou duas para o Mucunã, logo ele jogou uma das frutas para o cão que apanhou a mesma no ar e com isso o cão associou que o menino era aliado, vendo que seria derrotado sem a ajuda do cão o Samambaia foi na direção do menino e avançou no mesmo.
    Quando a onça vermelha viu aquilo avançou no Samambaia e com um patada em sua testa deixou o caroço de mucunã a vista só que mesmo ferido ele conseguiu pegar um cipó fino que estava enrolado em uma árvore e circulou o pescoço do menino e na sequencia montou no cão e quando ele voou o menino ficou em pendurado com o cipó no pescoço e o cão enganchou as asas nas teias de aranhas e se debatendo fez com que o Samambaia caísse já desmaiado, pois o ferimento feito pela Flina tinha feito perder muito sangue, depois de se debater muito o cão se soltou das teias e voou rumo ao buraco negro e o Samambaia ali desmaiado vulnerável era só alguém ir até ele e retirar o amuleto. Como todos estavam assustado por alguns minutos ficaram olhando para o corpo do Samambaia e o Quiza correu para socorrer o seu filho e percebendo que o menino parecia morto ele sentiu uma dor tão grande que pegou uma ferramenta e foi em direção ao Samambaia no intuito de esmagar o mesmo, só surge o cachorro Sabre que num voo rasante passou por baixo das teias e abocanhou o Samambaia e voou bem alto e todos ficaram olhando o Samambaia em pendurado na boca do Sabre e aquele vulto preto em contraste com a claridade da lua foi ficando distante e desapareceu" continua...

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