sábado, 6 de fevereiro de 2016

O TERENOS VAI EM BUSCA DO PORTAL DA PEDRA FURADA

Entrada para o Parque Nacional Serra da Capivara - PI
Lembrando-se do que tinha dito o peixe bonito, ele quis saber como era o fundo das águas salgadas então ele viu peixes gigantes e muitos peixes pequenos e os pequenos algumas vezes eram mais perigosos que os grandes com isso ele foi vendo que tipo de peixe ele podia confiar para que chegasse até o portal da pedra furada, então ele viu o amuleto enganchado no dente de um peixe gigante que não saia muito daquele lugar parecia que o amuleto estava obrigando ele ficar naquele local e ao centro do portal tinha uma espécie de animal que tinha vários braços ou tentáculos e quando algum animal tentava atravessar o portal ele liberava um liquido mortal e com isso os outros animais tinham medo de tentar ultrapassar o mesmo.
Depois de ver que existia o portal em terra e outro no fundo das águas salgadas o Balê fechou a concha recolocou a pedra (tampa) e passou pelo tumulo do Bily e se despediu do mesmo, e entrou no rio e deslizando o seu corpo, ele foi até o centro do leito e lá estava o peixe bonito com os olhos brilhando parecia que o mesmo sabia que o Balê ia à busca do amuleto sagrado e os dois saíram um de pareia com o outro e antes o garoto foi até a planta que era sua mãe, e subiu na mesma como se estivesse no colo e por alguns minutos começou a chorar e logo começou a chover e aquela planta foi se fechando como que se estivesse tentando consolar o filho com um abraço, depois de tal afago a chuva parou o garoto deslizou no corpo da mãe e caiu n’água e naquele momento começou uma missão que era conquistar o amuleto sagrado para que sua mãe voltasse à forma humana só que ele não sabia que estava fazendo algo em prol da salvação de todos os seres humanos só iria descobrir no futuro quando já estivesse com amuleto.
E junto com o peixe bonito ele foi indo de rios em rios e o peixe bonito começou a falar das suas aventuras de quando tinha vindo das profundezas das águas salgadas e o Balê ouvindo aquelas palavras teve um alivio em seus pensamentos, pois ele percebera que aquele companheiro conhecia o caminho de onde estava o portal da pedra furada e o amuleto sagrado, e enquanto isso o Terenos que estava mata adentro com a macaca mãe peluda sentiu saudades do Bily e do Balê, então ele decidiu voltar para rever os mesmos, e na volta ele viu uma espécie de cágado indo contra a direção da caverna do Bily e logo a macaca começou a gritar e apontar o dedo para o casco do cágado e depois para a mancha que tinha na pele dele próprio.
Com isso o Terenos olhou e percebeu que no casco do cágado tinha a mesma mancha que tinha na sua pele e aquele animal estava seguindo sentido norte sem entender nada ele seguiu para rever o Bily e seu irmão, e antes dele chegar numa noite já próximo da caverna o Terenos percebeu que na beira do rio não tinha vagalumes como de costume e aquilo era estranho, e no dia seguinte ele terminou sua caminhada e ao estar no local onde era a caverna, ele viu toda aquela extensão de terra coberta por um emaranhado de árvores, mas com a certeza de que naquele local havia a caverna ele entrou e encontrou o tumulo com a pedra fincada no solo e ao olhar para a parede da rocha viu o símbolo da mancha que ele tinha na pele e a mancha vista no casco do cágado, logo ele avistou a porta redonda das abelhas e percebeu que dentro da rocha tinha um buraco, pois aqueles insetos eram abelhas nativas e para fazerem seus favos elas precisavam de espaço e se elas estavam naquele local é porque lá tinha um buraco e com um pedaço de pau ele bateu na pedra e percebeu que estava fofo e na sequencia ele retirou a pedra que era a tampa do buraco e dentro protegido por própolis estava a concha com os olhos do Maracanã.
Sem ver o velho e nem seu irmão o Terenos estava com uma duvida na sua mente, onde eles estavam? E ao levantar a tampa da concha uma forte luz veio no seu rosto e na sequencia ele começou a ver o velho sendo morto e enterrado e o Balê indo embora rio adentro, depois de ver aquelas cenas ele começou a ficar nervoso e todo o solo começou a tremer como se ele estivesse um elo com a terra da mesma forma que o Balê tinha com a água, depois de algum tempo ele percebeu que nunca mais ia ver o velho Bily, então ele foi até a cachoeira e lavou a sua cabeça na sequencia ele foi até uma árvore que sua casca liberava uma espécie de tinta vermelha e com esta tinta ele pintou a pedra que ficava no tumulo do Bily, talvez ele quisesse que o Balê soubesse que ele esteve ali e depois ele foi até o buraco onde estava a concha e retirou ela do local e entre as raízes expostas estava a capanga e colocando a concha na mesma ele amarrou em sua cintura e saiu da caverna.
Lembrando-se do cágado que tinha um símbolo igual a sua mancha e igual ao símbolo deixado na rocha pelo velho Bily ele começou a ficar curioso e então resolveu abrir a concha e imaginou para onde estava indo aquele cágado e logo que abriu a concha o olho direito do Maracanã se manifestou e em meio à luz emitida pela concha ele começou a ver um portal que ficava muito longe e ele era formado de uma grande pedra que a mesma tinha um furo no centro e este furo tinha o formato da mancha que ele e seu irmão Balê tinham na pele, e o cágado estava indo na direção da mesma, depois dele fechar a concha, logo ele percebeu que a mesma também tinha o formato da mancha do seu corpo.
Logo chegou a macaca mãe peluda e parecia que ela tinha ido visitar os seus parentes e depois de algum tempo os dois saíram rumo ao portal pedra furada, eles não sabiam o porquê de estar indo, mas o fato do símbolo estar em várias coisas estava deixando o Terenos paranoico por isso ele tinha que encontrar este portal para entender o porquê dos símbolos, mas ele já imaginava que alguma coisa tinha a ver com a natureza, pois o velho Bily tinha falado da renovação e a natureza já estava quase em estágio final e onde o ser humano estava os recursos estavam escassos e eles iam mudando de lugar e devastando tudo como se fosse uma praga depois de tais pensamentos o Terenos e a macaca saíram mata adentro, continua...

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