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| CAVERNA |
"Vendo
que só ele não tinha uma parceira, decidiu que iria à busca de um ser
semelhante, pois ele acreditava que se a força estranha tinha criado parceiros
para os outros seres, certamente teria criado uma parceira para ele, e como se
fosse guiado pela força estranha ele caminhou na beira de uma serra e no pé da
mesma havia uma enorme pedra e ao lado uma poça de água ou mais lama do que
água e dentro desta lama estava um ser semelhante ao cabeça chata só que em um
estágio de evolução bem inferior que o dele.
Seu
extinto fez com que ele levasse a criatura com ele, e cuidou dela
alimentando-a, lavando-a, e retirando os parasitas do seu corpo, com isso ela
foi se desenvolvendo e ele começou a ensinar suas habilidades e as outras
formas de alimentação, pois ela só se alimentava de gramíneas.
Depois
de ela ter se desenvolvido e já estar começando a ficar ereta o cabeça chata
percebeu que apesar dela ser semelhante a ele, havia algo diferente nela, só
que ela tinha uma química que lhe completava de alguma forma e ele tinha a
necessidade de estar perto dela.
Ao se
aproximar da sua parceira ele percebeu que havia uma pequena diferença no seu
corpo como por: exemplo ele começou a suar muito e sentiu a ereção do seu
pênis, mas aquilo era novo para o cabeça chata, ele só iria entender através do
ciclo natural que ainda ele estava por conhecer.
Depois
de algum tempo a umidade deixada pelas águas marítimas já não existiam por que
a água tinha sido sugada pelo solo, só restava um chão seco e isso fez com que
as fontes de alimento do cabeça chata ficassem escassas, sumiram os insetos,
larvas e até mesmo as folhas das árvores, isso obrigou o cabeça chata a
desbravar outros horizontes na procura de um lugar onde a comida fosse mais
acessível.
Na
busca implacável pela sobrevivência, ele encontrou num tronco de uma enorme
árvore conhecida nos dias de hoje na linguagem popular como (gameleira). Havia
em sua volta uma poça de água (olho d’água) onde se encontrava repleto de
insetos, gramíneas, pequenas árvores frutíferas e larvas de sabores deliciosos,
e tudo estava ali devido á umidade, ele teria encontrado um lugar ideal para
sua sobrevivência, durante algum tempo ele permaneceu por ali, mas certo dia
sem esperar veio uma chuva avassaladora que durou por alguns dias, o que de
inicio traria bastante umidade e em conseqüência uma fartura de alimentos, veio
trazendo um enorme problema, pois apesar do cabeça chata ter vindo da água ele
já tinha se adaptado a outra forma de respiração e a água em abundancia seria o
seu fim, só que ele iria à procura de uma solução para aquele problema.
Isso
fez com que ele começasse a pensar na procura de um abrigo seguro onde ele e
sua parceira ficassem protegidos na decorrência de uma eventual chuva, quando a
água baixou, de alguma forma aquele dilúvio ao secar não só se foi, mas também
levou junto o olho d’água que era uma fonte vital para o cabeça chata.
Então
com essa escassez de água ele começou a procurar outras formas de suprir aquela
falta, então ele começou a procurar água em ocos de árvores, nos buracos
cavados por pequenos animais, em lacunas esculpidas nas rochas e também ele
extraia o orvalho das folhas deixado pelo sereno da noite.
O
cabeça chata começa a perceber que havia algo que estava lhe conduzindo, mas
este algo não podia ser visto e aquilo era muito estranho, isso fez com que ele
começasse a se perguntar quem era aquela
força estranha, e chegou a conclusão de que se ela já tinha lhe conduzido até
ali e lhe mostrado toda a sua evolução, a partir daquele momento ele iria
consultar a essa força estranha através de pensamentos.
Como o
cabeça chata já estava certo de que a força estranha estava lhe conduzindo ele
se sentiu protegido e se encorajou e saiu na busca de um abrigo seguro, e
depois de uma longa caminhada junto com sua parceira, ele avistou uma pedra
enorme que tinha um buraco como se fosse um anel, ao ver aquele buraco ele
imaginou que a força estranha tinha lhe conduzido até ali e através daquele
portal ele poderia se comunicar com ela, isso pode ser considerado como a
primeira crença do cabeça chata.
Junto
com sua parceira que agora já estava bem evoluída, ficaram morando ao redor da
pedra furada, quando foi um dia eles estavam admirando o portal e avistaram uma
trilha de pequenas formigas, então eles seguiram a trilha dos pequenos
animaizinhos o que lhe levaram a uma caverna entre as pedras onde se tornaria o
primeiro abrigo seguro para o casal, ali eles estavam protegidos das chuvas.
Este
abrigo foi muito bom e crucial para a sua sobrevivência e ele estava certo de
que teria sido a força estranha que se manifestou através das pequenas formigas
para lhe conduzir até aquele local, acreditando que através do portal (pedra
furada) a força estranha lhe conduziria para outras novas descobertas, ele
junto com a sua parceira ficaram indo todo final de dia ver o por do sol
através do portal, e isso se tornou uma rotina" continua...
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